05/02/10

Recordações de S. Valentim

As actividades de expressão plástica definidas para o mês de Fevereiro incluíam pintura de corações em cartão para a decoração espaço de convívio, alusivos ao dia de S. Valentim. No decorrer desta actividade os idosos relembraram lenda de S. Valentim e de algumas quadras de amor.

Contaram-nos que Cláudio II era um Imperador que queria constituir um exército grande e forte, assim proibiu a celebração de casamentos de jovens do sexo masculino, pois pensava que os melhores soldados eram os rapazes solteiros. Contudo, Valentim era um padre que viveu em Roma, ignorou esta ordem e continuou a celebrar casamentos de jovens, pois achava esta medida injusta. Quando o imperador soube ordenou a prisão, tortura e decapitação deste padre a 14 de Fevereiro.

Segundo reza a lenda, enquanto o padre aguardava a morte apaixonou-se pela filha do carcereiro, que o visitava regularmente e a quem escreveu uma carta de amor assinando “Do teu Valentim”.

S. Valentim foi a primeira pessoa a escrever uma mensagem romântica, desde aí esta tradição manteve-se, segundo os nossos idosos, no seu tempo de rapazolas estes “encantavam” as raparigas com quadras de amor, onde demonstravam os seus sentimentos e afectos.

Esta é uma tradição que está cada vez mais esquecida e pouco valorizada, mas os nossos idosos fazem sempre questão de nos relembrar e de nos ensinar algumas quadras de amor. Deixo alguns poemas de amor e bem-querer, ditas por eles:


“Vai carta, vai carta
Nas asas de um passarinho
Se chegares ao meu amor
Dá-lhe um abraço e um beijinho.”

“Oh meu amor anda, anda
À igreja dar a mão
Tapar a boca ao povo
E tapar-me o coração.”

“O meu amor não é aquele
O meu amor traz chapéu
Tem um andar miudinho
Como as estrelas do céu.”

“Se ouvires assobiar
Não penses que é caçador
Agora veio uma moda
De assobiar ao meu amor.”

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